segunda-feira, 24 de agosto de 2009

É hoje: Alma Gêmea volta às telinhas na sessão do "Vale A Pena Ver de Novo"


Entrando já no clima da reprise da novela "Alma Gêmea" que a partir de hoje volta ao ar na sessão do "Vale A Pena Ver de Novo" na Rede Globo, o Fã Clube da Ni destaca alguns pontos
MARCANTES da trama.


A trama:
- Alma Gêmea (2005) é o segundo trabalho do diretor Jorge Fernando com o autor Walcyr Carrasco após o sucesso de Chocolate com Pimenta (2003), também exibida às 18h. Maior audiência do horário nos últimos 13 anos, a novela conta a história do amor eterno de um homem e uma mulher tragicamente separados e que, cerca de 20 anos depois, voltam a se encontrar quando ela reencarna em um novo corpo. Além do tema central, a trama tem tons de comédia neo-realista italiana na abordagem dos conflitos familiares, e também enfoca o resgate de valores, as relações afetivas e o misticismo.

- A novela está dividida em duas fases. No início da década de 1920, o botânico Rafael (Eduardo Moscovis) e a doce bailarina Luna (Liliana Castro) apaixonam-se à primeira vista e, em pouco tempo, casam-se e têm um filho. Esse amor é invejado pela amargurada Cristina (Flávia Alessandra), a governanta do casal, que se acha injustiçada porque sua prima Luna, além de rica e casada com Rafael, a quem sempre desejou, também herda as jóias da avó, Adelaide (Walderez de Barros).


- O misticismo está presente na novela não só nos fenômenos que ocorrem com Serena, mas também através da personagem Alexandra (Nívea Stelmann), esposa do médico Eduardo (Angelo Antônio). Ela sofre de esquizofrenia e chega a Roseiral acompanhada da enfermeira Nair (Rosane Gofman), após receber alta do hospital onde estava internada. Com a orientação do terapeuta Julian (Felipe Camargo) e sua assistente Sabina (Aisha Jambo), Alexandra descobre que seu problema é espiritual: a voz que a manda praticar agressões e suas premonições estão relacionadas à aproximação de espíritos.


Produção:
- Elenco e equipe de Alma Gêmea assistiram a palestras com o antropólogo Giovani José da Silva e Carlos Eduardo Sarmento, professor da Fundação Getúlio Vargas, respectivamente sobre cultura indígena e costumes socioeconômicos, culturais e políticos da década de 1940. O antropólogo ainda deu aulas de linguagem indígena para Priscila Fantin, André Gonçalves, Francisco Carvalho, Maria Silvia, Júlia Lemmertz e Thaíssa Ribeiro. Esses atores também contaram com a orientação da pesquisadora de prosódia Íris Gomes da Costa.

- Fernanda Souza, Emilio Orciollo Netto e Emiliano Queiroz fizeram aulas de prosódia caipira com Silvia Nobre. Marcelo Barros ganhou noções de prosódia nordestina. Liliana Castro fez aulas de piano com Claudia Castelo e aprendeu passos de balé com Cissa Rondinelli. Eduardo Moscovis foi à Roselândia, em Cotia (São Paulo), conhecer as técnicas de enxertos e plantações de rosas – no local há mais de 300 espécies de roseiras. Malvino Salvador treinou em restaurantes de São Paulo o manuseio de utensílios culinários e a fabricação de pão. E Alexandre Barillari visitou o presídio Ary Franco, na zona norte do Rio de Janeiro, onde conversou com detentos para ajudar na composição do vilão Guto.

- As cenas de Serena na comunidade indígena – incluindo seu nascimento, a morte da mãe, seu crescimento, a invasão e destruição da aldeia, até a partida para São Paulo – foram distribuídas por Bonito (Mato Grosso do Sul), Carrancas (Minas Gerais) e o bairro de Camorim (zona oeste do Rio de Janeiro). Em Bonito, a produção de cerca de 70 profissionais contou com a ajuda de bombeiros, militares do Exército e uma equipe de rapel para transportar os equipamentos.


- No Camorim foi construída uma aldeia cenográfica feita basicamente de palha e madeira, com 13 ocas – incluindo a oca comunitária do pajé (Francisco Carvalho), a da mãe de Serena e a sala de aula onde Cleyde ensinava às crianças. Ali foram realizadas as cenas da invasão dos garimpeiros e do incêndio, que contaram com a participação de 80 figurantes. Pedaços da aldeia foram usados nas gravações em Bonito e em Carrancas.

- As primeiras gravações em São Paulo incluíram cenas de Serena passando por locais históricos da cidade, como a Estação Júlio Prestes, a Pinacoteca do Estado, o Museu do Ipiranga e a Catedral da Sé, além de cenas na Vila dos Ingleses com cerca de 20 atores figurantes.

- A cidade cenográfica de Roseiral construída da Central Globo de Produção (Projac) foi inspirada em várias localidades, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro da época em que se passa a trama. Também foram usadas como referências cidades do interior de São Paulo, como Bernardino de Campos (onde nasceu o autor Walcyr Carrasco) e a estância hidromineral Águas de Santa Bárbara; e municípios do Paraná, como Castro, Morretes, Antonina e Lapa. Erguida em uma área de nove mil metros quadrados, Roseiral comportava as casas de Rafael e Agnes, o prédio residencial de Vera, a vila da pensão de Divina, além de igreja, loja de flores, farmácia, estação de trem, barbearia, mercearia, prefeitura, cinema, sorveteria, consultório médico e sapateiro, alguns com interior.

- A estufa, um dos cenários relevantes da trama, ganhou uma parte externa na cidade cenográfica e interior em estúdio. Este foi um dos ambientes mais trabalhosos por conta da manutenção das rosas. As flores tinham de ser guardadas em geladeira, a uma temperatura entre oito e 12 graus, e não podiam ficar em locais abafados. Rosas artificiais foram misturadas às naturais para compor o cenário.



Figurino:
- Os anos 1920 da trama foram caracterizados por um figurino com cortes retos, sem cintura e bustos achatados para as mulheres, e roupas mais estreitas, acinturadas, com boca das calças mais fechada e uso do chapéu coco para os homens. Na década de 1940, seguiu-se o tom das comédias italianas do início dos anos 1950, com referências, entre outras, a filmes do cineasta italiano Federico Fellini (1920 - 1993). Um dos destaques é Cristina, de Flávia Alessandra, que abusava das cores vermelha, roxo e vinho, como uma típica vilã de desenho animado. Também teve repercussão a composição da personagem Kátia, de Rita Guedes, uma mistura das atrizes Veronica Lake, Lana Turner e Rita Hayworth e de Jessica Rabbit, personagem da animação Uma Cilada para Roger Rabbit (1988), de Robert Zemeckis.


Curiosidades:
- Floriculturas do Rio de Janeiro e de São Paulo participaram de uma campanha de promoção da novela intitulada “Circuito das Rosas”. Em parceria com a TV Globo, as lojas criaram arranjos especiais com rosas brancas e/ou vermelhas, batizados de alma gêmea, em miniexposições. O público também podia participar de um concurso que tinha como prêmios um anel de ouro branco igual ao da personagem Luna, desenvolvido pela Globo Marcas, um arranjo de flores e um CD com a trilha da novela autografado. O anel, idealizado por Walcyr Carrasco para a história, era formado por três alianças entrelaçadas, simbolizando a união máxima de duas pessoas, e foi produzido por uma empresa brasileira de semi-jóias.

- Fred Mayrink, um dos diretores da novela, aparece cantando músicas de Frank Sinatra em uma participação como crooner de uma boate. A idéia foi do diretor Jorge Fernando, que já havia dirigido um show de Fred.

- Alma Gêmea obteve a maior audiência do horário das 18h em toda a história da teledramaturgia da emissora. Em setembro de 2005, já era o segundo programa mais assistido do Brasil. Por conta disso, a trama ganhou mais 25 capítulos, e a novela teve mais um intervalo comercial, além dos três tradicionais.

- Alma Gêmea estreou na emissora portuguesa SIC cerca de um mês após a estréia na TV Globo.

- Em 2007, a TV Globo Internacional anunciou a assinatura de um contrato com a Pappas Telecasting – rede de estações locais no Oeste dos Estados Unidos – para a exibição de Alma Gêmea. Inédita nos Estados Unidos, a novela começou a ser transmitida naquele país, em versão hispânica, a partir do dia 02 de julho, às 19h.

- Em 13 de agosto de 2007, a romântica Alma Gêmea estreou na Costa Rica, exibida pelo canal Teletica. Sucesso no mercado internacional, a novela já foi exibida em países como Rússia, Peru e Venezuela.



Merchandising social:
- Preconceito social e racial foram abordados na trama de Alma Gêmea, que também enfocou o tema do menor abandonado, através do menino de rua Terê. Analfabeto e sem família, Terê aprende a ler e muda sua vida após descobrir os livros. A importância da leitura é reforçada pela professora Clarice, que conta histórias e leva livros para as crianças. Terê começa a se interessar pela leitura após ouvir a narrativa dos contos do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen (1805-1875), e ganha de Elias seu primeiro caderno.


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