quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Nívea Stelmann: "Amo o Thierry"


Fonte:
site revista Quem


A conversa com Nívea Stelmann é na cama de casal da atriz, na casa onde ela vive, na Barra da Tijuca, no Rio, com Miguel, o filho de 5 anos de seu casamento com Mário Frias, de quem se separou em 2005. Inquieta, ela conta que acabara de pintar as unhas de rosa-neon e, sem parar de falar com a repórter de QUEM, já emenda com a troca do vestido vermelho-sangue que escolhera para a foto por uma camiseta mais confortável. Entre uma e outra peça, fica apenas com uma lingerie preta.

“Olha como sequei”, diz ela, sobre os 55 quilos bem divididos em 1,65 metro. Resultado das sessões da luta tailandesa muay thai, que vem tendo com um personal trainer em casa, e de muita musculação. Mais à vontade, Nívea sente-se pronta para falar sobre o fim do namoro de um ano e quatro meses com Thierry Figueira – por quem ainda declara amor – e sobre os rumores em torno do suposto romance com Bruno Mazzeo .
Porém, acerca desse assunto, é lacônica.
“O que aconteceu no show acabou no show”, afirma, referindo-se aos beijos trocados com Bruno na apresentação do Jota Quest no dia 29 de janeiro, no Rio.

No ar simultaneamente como a vilã Kátia, de Cama de Gato, e a esquizofrênica Alexandra, na reprise de Alma Gêmea (2005), Nívea parece segura ao abordar qualquer tema, especialmente os 15 anos de Rede Globo, período no qual esteve em 13 novelas e passou uma temporada de um ano como repórter do Vídeo Show.
A fluminense de Paraíba do Sul diz que, aos 35 anos, não se sente frustrada por nunca ter sido protagonista e que resolveu parar de sonhar com uma família “de comercial de margarina”.





QUEM: Afinal, o que aconteceu entre você e o Bruno Mazzeo?
NÍVEA STELMANN:
O que aconteceu no show começou e terminou no show. Essa frase basta para as pessoas entenderem. E que tirem as conclusões que quiserem. Se Bruno não fala sobre isso, por que eu falaria? Seria uma falta de respeito.

QUEM: Você tem fama de namoradeira, talvez por ter namorado um rol de homens famosos, como Carlos Casagrande, Marcos Paulo, Mário Frias, Luciano Huck, Thierry Figueira. Incomoda-se com isso?
NS:
Não acho que tenha namorado muito. Sou namoradeira no sentido de namorar muito tempo cada um. Não houve Carnaval em que beijei vários homens numa noite. Tenho essa imagem porque sempre namorei e assumi.



“UMA RELAÇÃO DE UM ANO E QUATRO MESES, INTENSA DO JEITO QUE FOI, NÃO ACABA ASSIM. DESEJO O MELHOR DO MUNDO PARA ELE (THIERRY).”



QUEM: Saíram fotos suas na praia com seu filho, acompanhada de Mário Frias, de quem você se separou há cinco anos, e a mulher dele, Juliana Camatti. Vocês convivem bem por causa do Miguel?
NS: Eu e Mário já tivemos muitos momentos juntos, na alegria e na tristeza. Tanto casados como separados. Já provamos um para o outro que somos grandes amigos. Isso é tão valioso quanto um diamante. Não existe rancor. A prioridade sempre foi o Miguel. Relacionamento algum termina por apenas um motivo. São coisas que acontecem porque têm que acontecer. Isso serve para Mário, Thierry e para qualquer um com quem eu tenha me relacionado. Não guardo mágoa de ex nenhum.

QUEM: Que cuidados você toma ao explicar o fim de um relacionamento a Miguel?
NS:
Quando terminei com Thierry, ele foi a primeira pessoa a saber. Chamei-o para conversar e falei a verdade. Disse: “Miguelito, mamãe não namora mais o Thierry, mas ainda o ama muito. Ele é nosso amigo, vai morrer nosso amigo e, quando você sentir saudade, pode ligar para ele”. Ele agiu da forma mais natural possível. Quando sente falta, passa um rádio para o Thierry, que é superfofo com ele. Minha relação com Miguel é absolutamente franca. Por isso tenho um filho de 5 anos maduro e seguro. Isso é mérito meu e do Mário. Conversamos muito com Miguel, passamos os Natais juntos, mostramos que família não precisa ser a da Doriana. O mesmo vale para o Thierry. Falo do fundo do coração que sou amiga do Thierry. E digo mais, sem medo de o Brasil inteiro saber, que amo o Thierry. Amo muito ainda. Uma relação de um ano e quatro meses, intensa do jeito que foi, não acaba assim. Desejo o melhor do mundo para ele.




QUEM: Mas, se você ainda o ama, por que não estão juntos?
NS: Estou sozinha. É isso. Não tenho explicação para dar, não vou entrar em detalhes sobre o fim da relação, pois acho deselegante. Terminou, terminou. Se você me perguntar se vamos voltar, responderia: não. Dirão: “ela é louca, vamos mandar internar!” (risos).

QUEM: Tem chance de volta?
NS:
A possibilidade é mínima. É a resposta mais coerente para o momento. Quando um casal decide terminar, esse casal abre espaço para mágoas, lacunas, pessoas, tudo. Entra um rio entre os dois. A partir do momento em que as pessoas abrem espaço para isso, acho muito difícil uma reconciliação.

QUEM: Você parece ter um jeito diferente de lidar com o fim de seus relacionamentos. Termina um e logo parte para outra. Como consegue?
NS:
Não tenho vocação para a tristeza. Fico me perguntando: será que sou esquisita? Sou desencanada com tudo, inclusive com homem. Mas choro, sim, sozinha. Às vezes, assistindo a um filme que desperta uma lembrança, sinto saudade e o choro vem.

QUEM: Depois de tantos relacionamentos, sonha estabelecer laços mais duradouros?
NS:
Uma mulher como eu, que nunca traiu em relacionamento algum e que viveu cada relação como se fosse a última, tem de merecer um grande amor. Então relaxo, porque Deus vai mandar. Alguma hora esse grande amor aparece. Se vier aos 40, 50, 60 ou 70, ou se também não vier, não posso perder a esperança de ser feliz. Há muito tempo não faço planos.



“NÃO TENHO VOCAÇÃO PARA A TRISTEZA. FICO ME PERGUNTANDO: SERÁ QUE SOU ESQUISITA? SOU DESENCANADA COM TUDO, INCLUSIVE COM HOMEM. MAS CHORO, SIM, SOZINHA.”



QUEM: Thierry chegava a falar em casamento e filhos?
NS:
Quando se namora alguém sem fazer planos é porque não se gosta. Fiz planos com todos que namorei. A gente não namora pensando que amanhã vai terminar. Que seja feliz e intenso enquanto dure.

QUEM: O que você está fazendo para ficar em forma?
NS:
Estou tendo aulas de muay thai com meu personal trainer, Ricardinho. Comecei em 2007, por causa da personagem de Sete Pecados, e vi como meu corpo ficou. Olha como sequei! Pensei: é verão, vou ficar de biquíni...Tenho 35 anos, vou fazer 36 em abril. Depois de uma certa idade, se você não fizer nada, cai. Faço também musculação três vezes por semana.

QUEM: Como está a autoestima?
NS:
Em 2008 sofri uma grande perda: a Bruna Bianchi (mãe do menino Sean Goldman, centro da briga judicial entre o pai biológico americano e a família brasileira), uma das minhas melhores amigas, morreu no parto aos 34 anos. Fui a última pessoa com quem ela falou lucidamente. Cheguei à conclusão de que amanhã pode acontecer comigo. Posso estar dirigindo um carro, morrer e deixar um filho de 5 anos. Não tenho o direito de ser infeliz: trabalho no que gosto, ganho direitinho para pagar as contas, ser independente e sustentar meu filho, ter a casa que quero, poder viajar à hora que quiser.

QUEM: Está satisfeita com o ritmo que sua carreira vem tomando? Acha que chegará a hora de fazer uma protagonista na Globo?
NS:
Sim, mas sempre quero mais. Gosto muito de ser mãe, é minha função mais gratificante. Deus faz tudo como deve ser feito. Não sou uma protagonista, mas tenho mais tempo para o Miguel. Não me sentirei frustrada se nunca for. Dou conta do meu recado, ganho meu dinheiro, tenho tempo para meu filho, vivo minha vida. Não tenho esse tipo de obsessão, essa meta para mim.


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