No especial 'Revirando baú' de hoje trazemos para vocês que acompanham o blog relatos importantes que fizeram dessa peça sucesso entre o público e a crítica, relatando de forma clara e objetiva o dia a dia dos usuários de drogas. Estamos falando da peça 'Êxtase' (2007), escrita pelo autor Walcyr Carrasco e estrelada por um trio de feras da nossa teledramaturgia que compõe o elenco. Nossa diva Ni Stelmann, Samara Felippo e Rosane Gofman.
Sinopse
O tema principal de Êxtase é o cotidiano dos usuários de drogas e as relações das personagens com o submundo. Duas Amigas, Sônia (Nívea Stelmann) e Cacau (Samara Felippo) e a mãe de uma delas. Uma jovem de classe média alta, universitária, entra na espiral que a levará a prostituição. A outra, já calejada, vivida, já se torna uma pequena traficante e empurra a melhor amiga para a prostituição. A mãe não consegue lidar com a situação. Ao mesmo tempo, as duas garotas vivem uma contraditória relação de solidariedade e quase amor (não de lesbianismo, mas de amor fraterno) enquanto se afundam juntas. A intensidade do texto, que mereceu o prêmio Shell de melhor autor de 2003 pelo Rio de Janeiro está no fato de não oferecer uma solução moral óbvia. Mas de retratar o cotidiano das dependentes em toda sua tensão e contradição.
Ao mesmo tempo, com tons de humor negro. Mais que qualquer crítica ou prêmio, vale para o autor a frase que ouviu após a primeira montagem. Uma jovem do público aproximou-se dele e o cumprimentou dizendo: “Obrigada. Sou dependente química e você retratou minha vida exatamente como ela é.” A mesma intensidade estará presente nesta nova montagem que, por contar com um elenco feminino, sem dúvida se tornará inda mais dramática do ponto de vista do público.
Pra quem não viu, confiram um trechinho da peça
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